E porque às vezes estamos cansados do mundo,
Apetece bater com a porta sem dizer sequer um adeus.
E já nem importa se nos dizem que há mundos piores que o nosso,
Porque o que importa é aliviar este cansaço que nos persegue.
E, às vezes, até parece que gostamos,
Que queremos estar esgotados e zangados e sempre enjoados...
Mas somos amigos deste marasmo:
Confortável, mas traidor, esse moço!
Como eu queria que tivessem feito a acção mais fácil,
Mais apetecível...
Como eu gostava de não tentar remendar a vida a escrever,
Para fazer algo por ela em vez disso...
Quiçá inventar algo que permitisse remendar a vida a escrever.
Queria ser outros mas sou eu,
Queria fazer tanto mas não faço,
Queria não andar por cá mas enfim...
Às vezes andamos cansados do mundo.